Túlio Calegaro: uma glória do esporte de Garça |
A história de Antonio Tertuliano Calegaro é
uma das mais bonitas de todos os tempos. Sempre ligado ao esporte, após uma
passagem pela capital do Estado, retornou a Garça na primeira metade da década
de 70, quando começou a realizar alguns amistosos pelo Rodoviário, time muito
conhecido naquela época.
Devido à sua visível qualidade técnica,
onde se destacava pelos passes refinados e futebol clássico, passou a ser
disputado pelos grandes times da várzea garcense, indo primeiro defender o
Frigus, que se destacava pela incrível estrutura usufruída pelos atletas.
Depois de sua passagem pelo extinto GFC,
Túlio ainda defendeu o Salec, Casa Ipiranga, Ipiranga, Flamengo e Guarani. No
futebol suíço, teve marcante passagem pelo extinto Salão Carter.
Nos últimos tempos, antes de se dedicar
arduamente a um complexo tratamento de saúde que o afastou dos gramados, Túlio
ainda foi visto defendendo o Dinos, no futebol suíço máster.
Túlio, o antepenúltimo, com os companheiros campeões pelo Flamengo, em 1987 |
Ao lado de Tico Cassolla e Galdino de Almeida Barros, em amistoso em São Sebastião, com o Salão Carter, nos anos 80 |
Integrando o Frigus, em 1974; ele é o segundo agachado, da esquerda para direita |
No
GFC, uma passagem marcante na década de 70
O recém-sexagenário Túlio começou a
defender o GFC no ano de 1975. Com grande identificação com o time e
torcedores, foi sempre um dedicado atleta do Azulão nos campeonatos oficiais
promovidos pela FPF.
Foi nessa época que aumentou ainda mais a
sua legião de amigos, devido à proximidade com alguns nomes da época, como Tico
Cassolla, Rogerinho, Tonho Nêgo, Pedroso, Ari Lima, Osmar e tantos outros.
Com o encerramento das atividades do GFC no
início dos anos 80, Túlio foi convidado a presidir a então CCE, Comissão
Central de Esportes. Passou a organizar várias competições, todas com grande
êxito.
Ao lado de Tico Cassolla e Galdino de
Almeida Barros, iniciou um período de grande pujança do futebol suíço,
disputado ainda no `terrão´. Os certames tinham tanta credibilidade, que dificilmente
o número de equipes não aumentava de uma temporada para a outra.
Era o tempo onde as próprias equipes
ficavam responsáveis por `riscar o campo´, `colocar e retirar as redes´. Uma
época inesquecível, que serviu para consolidar de vez o futebol suíço garcense.
Em 1975, com o GFC, Túlio é o penúltimo atleta em pé |
Como presidente da CCE, premiando o artilheiro do futebol amador, Tico Cassolla, no início dos anos 80 |
Com o ex-zagueiro do Azulão, Pedroso |
Um
grande orgulho: a fundação do Juventinho
O ano de 1994 nunca será esquecido por
Túlio Calegaro. Naquela temporada ele fundou a escolinha de futebol Juventinho,
a mais conhecida em todos os tempos em Garça.
Os primeiros treinamentos aconteciam no
extinto campinho do Alta Zona da Mata, gentilmente cedido pelo saudoso amigo
Galdino de Almeida Barros. Posteriormente, o Juventinho começou a utilizar o
Toyotão, sempre aos sábados pela manhã. Durante o tempo que esteve em atividade
– recentemente Túlio se afastou para tratamento de saúde -, a escolinha teve
mais de mil alunos, devidamente cadastrados.
O Juventinho participou de competições
municipais e regionais, de futebol e futsal, disputou amistosos intermunicipais
e até internacionais, participou de várias campanhas beneficentes e até
integrou desfile cívico-militar.
Este é o nosso Destaque Esportivo da
semana, conhecido pelo seu bom-humor, fino trato com o semelhante, além de doses
extras de educação e gentileza. Um verdadeiro ícone do nosso futebol, que
merece ser aplaudido em pé não apenas pela comunidade esportiva garcense, mas
sim por toda Sentinela do Planalto.
No Toyotão, em treinamento com o Juventinho |
Em recente confraternização com os amigos do Salão Carter |