Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Depois de empatar com o
Nacional em São Paulo, pelo placar de 1 a 1, o Garça decidiu o título da
“Paulisteca A-III”, em pleno Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. O time do
“Azulão” estava bem montando, era apontado como franco favorito ao título, e
jogava por um simples empate.
A grande final aconteceu no dia 30 de Julho de
2.000. Naquele dia a cidade respirou futebol, num verdadeiro clima de
festa. O “Platzeck” recebeu um dos maiores público de sua história. Uma torcida
entusiasta jamais vista. Só que no
futebol o que vale são os 90 minutos, com o apito final do `juizão. O favoritismo não se confirmou e o Nacional
conseguiu o impossível: venceu por 1 a 0 e ficou com o título. O time da
capital, aos 20 minutos do primeiro tempo, através de Edilson, marcou o gol que definiu a partida.
O Garça correu
atrás do prejuízo, lutou muito, mas não conseguiu reverter o placar. “O que
parecia um sonho acabou sendo um pesadelo”, assim começou o comentário do jogo
nas páginas da “Comarca”, que teve a seguinte manchete: “Decepção em azul e
branco no Platzeck”. A torcida, como não poderia ser diferente, saiu frustrada
do campo, alguns torcedores mais exaltados, comentando que o Garça “teria
vendido o jogo”.
Ficha Técnica
Data: 30/07/2.000 - Campeonato Paulista da
Série A-III -
Local: Estádio Municipal “Frederico Platzeck”
Árbitro: Arbitragem: Antonio
Cláudio Perin, auxiliado por Marcelino
Tomáz de Brito Neto e Rogério Ideali
Marcador: Edilson, aos 20 minutos
do 1º tempo
Garça: Júlio César; Luciano (Admilson), Marcelo
Santos, Erasmo e Vital; Daniel, Celsinho, Santos e Mauro Cézar; Choquito
(Reginaldo) e Marcus Aurélio (Cosme). Técnico: Polozi
Nacional: Magrão; Dracena, André Luiz, Dalton e
Freitas; Andreu,
Rogério (Celsinho) e Edílson; Paraná (Toninho), Cacaio (Martins) e Terrão. Técnico: Túlio Tangione.
Recordamos uma das formações
do Garça daquela temporada. Em pé, da esquerda para direita: Júlio Rezende
(preparador físico), Marcelo Santos, Beto, Luciano, Júlio Cezar e Daniel: agachados: Santos, Reginaldo, Mauro Cesar, Celsinho, Vital e Walace.
Nas outras fotos flagrantes
do jogo, mostrando o campo completamente lotado.
Segundo o meio-campista
Celsinho, "O Garça estava preparado para conquistar o título. Só que o `futebol
tem dia´, e justamente neste dia, o Garça estava numa jornada infeliz. Quem
não se lembra da cabeçada do Cosme no final do jogo. A bola ia entrando no gol
e caprichosamente bate num morrinho e vai para fora. Celsinho rebate
veementemente a idéia de que o jogo “foi
vendido”. Até porque o “bicho” era alto e ninguém no time queria perder. “Qual
o jogador que hoje em dia não quer ser campeão e levantar o troféu”? É a consagração
de uma carreira, finalizou.
Fonte: Jornal Comarca de Garça