Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A temporada de 2.000 foi uma
das melhores que o glorioso Garça Futebol Clube realizou ao longo de sua
história. Naquele ano o “Azulão” disputou a série A-III, o que equivale a
terceira divisão do futebol do interior paulista.
Um grande time foi montado. Disputou
um excelente campeonato. Tudo começava com a diretoria, que contava com o forte
apoio da American Sport, do presidente “Cai-Cai”.
Desde o goleiro até o ponta
esquerda era um time bem arrumado, entrosado sob o comando do técnico Fernando Polozi.
Não tinha lá um jogador que era o destaque do elenco, era uma equipe homogênea
e que batia uma bola redondinha.
Disputou o campeonato de
forma impecável, levando os torcedores garcenses ao delírio nas domingueiras
esportivas do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”.
O Garça chegou na decisão
com todos os méritos. O adversário: o Nacional, da capital paulista, na disputa
do título em dois jogos. De acordo com a crônica esportiva, o Garça, devido a
melhor campanha, era apontado como o franco favorito ao título.
A coluna vai recordar em
“dois tempos” aquela memorável final do Paulisteca, disputada no mês de julho e
que marcou época.
O primeiro jogo aconteceu no
dia 23, no Estádio Nicolau Alayon, em São Paulo, e terminou empatado em 1 a l.
Conversamos durante a semana
com o Celso Felipe de Souza, o Celsinho, que esteve em campo, vestindo a camisa
do “Azulão”.
Segundo o Celsinho “o time
do Garça estava bem preparado para os dois jogos. O ambiente era dos melhores e
pelo que apresentou durante o campeonato, os jogadores tinham certeza que seria
campeão.Fomos para SP com o objetivo da vitória, sair na frente logo de início. O Garça
disputou uma boa partida, e por pouco não trouxemos a vitória. Durante os
noventa minutos comandamos as ações em campo. Começamos perdendo (Cacaio marcou aos 10 do primeiro tempo para o
Naça). Empatamos aos 11 da etapa final,
gol de Mauro Cézar. E no finalzinho Cicinho
perdeu uma chance clara de gol para sairmos com a vitória”.
A história do segundo jogo
você acompanha semana que vem.
Recordamos o Garça que
enfrentou o Nacional, em São Paulo. Em pé da esquerda para direita: Marcelo
(mordomo), Luciano, Erasmo, Júlio Cézar, Beto, Daniel e Júlio César (preparador
físico). Agachados: Celsinho, Mauro César, Vital, Chokito, Webster e Santos.
Deste time dois jogadores
conseguiram uma projeção maior no futebol profissional: o volante Daniel, que
foi vendido ao Coritiba e o goleiro Júlio Cézar, que depois do Garça, integrou
grandes times do futebol brasileiro.
Na outra foto, veja como
está o Celso Felipe de Souza (esq), ao lado do Papel Baiano. Ambos defendem o
Vimec, e são destaques no futebol suíço garcense. O VIMEC é o atual tetracampeão
da modalidade e de forma consecutiva.
Fonte: Jornal Comarca de Garça