sábado, 17 de março de 2012

Recordar é Viver: Cláudio Alves: um amante à moda antiga no futebol

Por Wanderley 'Tico' Cassolla


No começo dos anos 80, tive os primeiros contatos com o Cláudio Alves. Naquela oportunidade ele nos procurou para “assinar” uma ficha para o ótimo time do SALEC – Sanatório André Luiz Esporte Clube, e disputar o campeonato regional da Liga Mariliense de Futebol. A partir daí tivemos uma amizade pra lá de sólida, até porque sempre admirei seu jeito simples de ser, principalmente no futebol. Além do que vibrava como ninguém com os gols que eu marcava nos campos da vida e comentava com toda a boleirada. No último domingo o Cláudio Alves faleceu, deixando uma grande lacuna no esporte garcense.
O Cláudio Alves não foi lá de jogar bola, era um atuante dirigente À moda antiga. Pertencente a tradicional família Alves: Cido, João, Tonho, Ademir, das irmãs Fó e Marina. O domingo para ele era sagrado: percorrer os campos, em especial onde jogavam seus irmãos Tonho, João e Cido (este árbitro). De tarde a outra mania era assistir o glorioso Corinthians, uma paixão sem fim. Este era o típico final de semana que adorava e o deixava feliz, que o diga a esposa Bete e os filhos Juninho e Milene. Com seu jeitão simples, fazia amizade fácil e cativava a todos.
Como atleta jogou no Cliregal, depois como dirigente fez parte do Salec, Centro Esportivo, Flamengo (amador e suíço), master do Pé de Cana, Paulista e ultimamente colaborava com o Independente.
Uma outra paixão do Cláudio Alves era a idolatria pelo cantor Roberto Carlos, do qual era fã incondicional. Possuía a coleção completa dos discos do rei, e sabia “de cor e salteado’ todas as músicas dele.
Recordamos o time da Cliregal – Clinica de Repouso Garça, do ano de 1982, vice campeão da Taça Cidade de Garça, torneio promovido pelo Lions Clube. Deve ser o único time que o Cláudio Alves “correu” atrás da bola, pra variar era o jaqueta 10. Em pé da esquerda para direita: Dejão, Adão Rocha, João Alves, Cido Alves, Ednalvo Cardoso de Andrade e Carlos Bonfa; Agachados: Cláudio Alves, Vitinho, Zé, Nei e Mauro.
No outro flagrante, em foto do ano passado, como atuante dirigente do Paulista (futebol suíço), do presidente Adão Rocha. Da esquerda para direita: o genro Nalzinho, o amigo “seo” Nélson, o irmão Tonho Alves e Cláudio Alves.
A passagem do Cláudio Alves no âmbito terrestre terminou domingo passado, a sua lição de vida ficou entre nós, um exemplar chefe de família, excelente esportista e um grande amigo. Só nos restar traduzir esta gratidão, numa música do rei, que ele mais gostava de cantarolar: “Você meu amigo de fé meu irmão camarada, sorriso e abraço festivo da minha chegada. Você que me diz as verdades com frases abertas, amigo você é o mais certo das horas incertas. Não preciso nem dizer, tudo isso que eu lhe digo, mas é muito bom saber,que você é meu amigo. Não preciso nem dizer, tudo isso que eu lhe digo, mas é muito bom saber que eu tenho um grande amigo”. 







Fonte: jornal Comarca de Garça 
Coluna 'Recordar é Viver'