sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"Marcão, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!!!!" Será???


Infelizmente, de forma totalmente involuntária, acabei sendo protagonista de uma cena lamentável. Passei num estabelecimento comercial da cidade - não declinarei o nome em respeito aos funcionários e clientes que lá estavam - no início da noite, quando tive um grande desprazer: do nada, vindo do limbo e totalmente descontrolada, uma pessoa que pensa que é autoridade e que vive em frequente conflito com os dois neurônios que habitam o seu cérebro, dirigiu-se até mim, estendeu a mão, num gesto de educação, é verdade, mas, imediatamente passou me ofender: "Você pensa que é quem para ficar escrevendo aquilo de mim em seu blog", "Vou te processar, você vai ver!", "A festa do peão é particular sim", foram algumas filosóficas frases ditas em tom frenético, causando espanto e deixando atônitos quem presenciou tal inesperado encontro.
Numa fração de segundo eu fiquei feliz, pois descobri que ele sabe ler (confirmou que acompanhou neste espaço um post anterior), ao contrário do que grande maioria das pessoas pensa e também surpreso, pois concluí: "Como que ele sabe que é ele. A carapuça serviu?", indagação feita pelo fato de nunca ter citado o nome de como ele é conhecido, que arremete a um sinônimo de 'legal', que rima com 'animal' ou ainda 'boçal', até por que não tenho costume de fazer apologia às pessoas ignorantes, lorpas, abjetas, despreparadas, imbecis, idiotas, e mais uma dezena de sinônimos que não conseguem defini-las.
O mais engraçado é que falei a ela: "Coloca a mão em mim!!! Rela em mim!!! Encosta a mão em mim!!" e, para minha surpresa, ela não o fez. Descontrolada, toda serelepe e saltitante, ela - a pessoa - saiu do interior do estabelecimento e começou a rodear o seu carro. Toda resplandecente gritava; "Sai aqui fora, sai, seu vagabundo, mau caráter", como se ele tivesse o dom de ler os meus pensamentos, repetindo exatamente as palavras que nele cabiam naquele momento.
No fundo, trata-se de um indivíduo digno de pena. Deve ser um tormento saber que é um desfavorecido intelectual, vivendo uma interminável série de espasmos cerebrais duradouros que resultam na conhecida obscuridade mental que insiste em lhe acompanhar.
Ahhhhhhhhh!!! Ia me esquecendo!!! O título diz respeito ao fato dela - a pessoa - retornar ao estabelecimento, toda cintilante e gritando, segundo relato de pessoas que lá estavam, as seguintes indagações: "Cadê o Marcão? Onde ele foi?". Tenho certeza que não foi só para me ver. Será qual o motivo???