sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Recordar é Viver: Sempre é Carnaval

Por Wanderley 'Tico' Cassolla


A coluna dá aquela famosa pausa para a bola e recorda um pouco dos antigos carnavais em especial do salão. Outrora era só carnaval, futebol nem pensar. Os tempos mudaram, a bola rola em plena folia de momo. Na TV, ao vivo, teremos jogos pra tudo quanto é gosto.
Ao longo dos anos o mundo vem mudando, progredindo, com isto algumas tradições vão sendo relegadas. Os efeitos no carnaval começaram a ser sentido em nossa cidade. O carnaval de salão “deu uma pausa”, esperamos que seja passageiro. Tanto no Grêmio como Tênis Clube não teremos a festa. Os altos custos para se promover os bailes, e o pequeno público, inviabilizaram o evento. Outrora os clubes ficavam lotados: quem não se lembra do Clube Zé do Patrocínio, Kai-Kan, Clube do Garça, e o memorável “Panelão”, que fervia pra tudo quanto é lado de tanta animação. Neste ano somente o Clube da Terceira Idade realiza seu baile, no ritmo de Forróval. Agora carnaval de rua, assim como o futebol profissional, em cidades do porte de Garça, dificilmente retornarão um dia, podem anotar aí.
De outro lado a Prefeitura do Município promoverá hoje à noite (18) e na segunda-feira, uma programação especial para o carnaval, que terá a participação de um trio elétrico para animar os foliões que comparecer no Lago "J. K. Williams" e no distrito de Jafa. Amanhã e na terça-feira haverá matinê para a garotada, também em Jafa e no lago artificial de Garça.
Até mesmo as tradicionais marchinhas ficaram para um segundo plano. Foram caindo no esquecimento e consequentemente descaracterizando o carnaval: “Mamãe eu quero, Cabeleira do Zezé, Saca-Rolha, Turma do Funil, Transplante de Corintiano, Marcha da Cueca, Me dá um dinheiro aí, Allah-la-o, as românticas Máscara Negra e Cidade Maravilhosa e tantas outras”.   Hoje tudo mudou, temos o Axé, metal, funk, etc e tal. Ano passado o grande sucesso, quem se lembra  “vô não, quero não, minha mulher não deixa não”. Neste ano a bola da vez com certeza será: “delícia, delícia assim você me mata, ai, se eu te pego, ai, se eu te pego”.                        
Recordando os memoráveis carnavais de salão, a coluna homenageia o eterno palmeirense João Carlos Camacho, um folião em potencial. O Camacho adorava “cobrir” a festa pelos microfones da antiga Rádio Clube de Garça, depois Centro Oeste-AM.
No carnaval de 1985, uma foto rara: No salão do Grêmio, Camacho (dir.) com o também palmeirense Nilson Bastos Bento, que resolveu cair na folia. Na outra foto, do ano de 1998, o Camacho “trabalhando” e acompanhando atentamente a entrevista com o Nilson Bastos Bento.  De olho no lance, o Zancopé “Zento” Simões, prestigiando os festejos de Momo no Grêmio.
Bem ou mal mais um carnaval vai passar. Depois na quarta-feira a vida volta ao normal, afinal de contas no Brasil tudo acaba em carnaval, e também começa depois do carnaval.





Fonte: jornal Comarca de Garça
Coluna 'Recordar é Viver'