sábado, 4 de fevereiro de 2012

A prestigiada coluna 'Recordar é Viver'

Por Wanderley 'Tico' Cassola


Garça foi campeão jogando em Catanduva 


No último dia 29, o Catanduvense enfrentou em seus domínios o Palmeiras, empatando em 1 a 1. O Estádio Municipal “Silvio Salles” recebeu um grande  público, tudo porque o jogo diante de um “grande” serviu para marcar o retorno do Catanduvense, depois de 19 anos, à divisão de elite do futebol paulista.
Voltando ao ano de 1972, temos que recordar o memorável jogo que o Garça disputou contra a Catanduvense naquela cidade. Na época ambas as equipes disputavam a então 1ª Divisão.  Acima tinha a “Intermediária” e depois a Divisão Especial, que reunia os grandes clubes da capital.
Naquele ano, a Federação Paulista  de Futebol fez uma manobra e não teve o acesso para as equipes do interior. A entidade máxima do futebol paulista regionalizou as disputas. O Garça integrou um dos grupos, ao lado do Andradina, Corinthians de Presidente  Prudente e Linense. Depois de turno e returno, avançaram o Garça e o Corintinha. Da outra região se classificaram o Barretos e Catanduvense, formando então o quadrangular decisivo. O Garça decidiu a sorte do campeonato diante da Catanduvense no “Silvio Salles” precisando da vitória para ser o campeão do interior. Ao Catanduvense, apontado como o franco favorito, bastava um simples empate.
E num jogo pra lá de dramático, o Garça desbancou o adversário e venceu por 3 a 2. O lateral esquerdo Abegar, que esteve em campo, até hoje se lembra um tanto emocionado, afirmando que foi um verdadeiro duelo de titãs, um jogo de tirar o fôlego. Sem falar que a arbitragem totalmente caseira, queria o Catanduvense campeão.
Para o Garça marcaram Cláudio Belon e Índio. O “Azulão” vencia até aos 43 minutos do 2º tempo, quando o juizão arranjou um pênalti  (falta do Índio num atacante bem fora da área). O curioso é que o cobrador oficial da Catanduvense era o Osmar Silvestre (ex-Garça) que não quis bater. Sobrou para o Eduardo, que mandou a bola no canto, e o “guapo” Chiquinho praticou defesa sensacional, espalmando a bola para a linha de fundo.
Aí não teve mais jeito, o Garça tocou a bola faturando o caneco. O técnico Valeriano mandou a campo: Chiquinho; Ari Lima, Brito, Pedroso e Abegar; João Luiz e Índio; Maurílio, Cláudio Belon, Pulga (Grilo) e Escurinho.
Segundo o dirigente Mazolinha, foi um jogo “de arrepiar” que entrou para a história de nosso futebol profissional. No domingo seguinte, o Garça realizou um jogo festivo para a entrega das faixas. Pra variar o “Azulão” acabou perdendo para a Caldense (Minas Gerais), por 1 a 0, e teve as faixas carimbadas.                                                     
Recordamos o Garça que  empatou com o Catanduvense  aqui no “Platzeck”, no primeiro jogo disputado no começo do mês de dezembro de 1972.  Em pé da esquerda para direita:  Chiquinho, Índio, João Luiz, Brito, Pedroso e Abegar; Agachados: Maurílio, Cláudio Belon, Pulga, Foguinho e Escurinho. Na outra foto veja como estão os craques do Garça que participaram daquela memorável partida.  O técnico Valeriano (esq.)  e seus comandados: Rogerinho, o goleiro Chiquinho (defendeu o pênalti), Pedroso, Abegar, Cláudio Belon ( autor de 2 gols), Pulga e Davi, agachado. 




Fonte: jornal Comarca de Garça